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sábado, 9 de julho de 2011

Caiptão da PMBA utiliza de arbitrariedade e prende Soldado



Cap Elcio Pereira - foto Comunicação PMBA

Um soldado lotado na 40° Companhia Independente da Polícia Militar, unidade localizada no bairro Nordeste de Amaralina, em Salvador, foi preso na manhã desta sexta-feira (8), após um desentendimento com um capitão da corporação. Segundo o subcomandante da Companhia, capitão Élcio Pereira, o soldado respondeu de forma desrespeitosa a um capitão-tenente, conhecido como 'Amparo', que havia designado uma atividade para ele na rua. O tenente Amparo não foi encontrado pela equipe do G1.
Ainda de acordo com Pereira, a situação começou por causa de um problema no pneu de uma das viaturas. “Ele foi visto pelo capitão da companhia conduzindo uma viatura com pneu totalmente baixo e, em vez de pedir socorro, trouxe a viatura para a unidade nessa situação, podendo criar maiores danos à coisa pública”, conta.
Segundo o subcomandante da unidade, o soldado respondeu ao capitão de forma desrespeitosa depois que foi repreendido por ter conduzido a viatura sem as condições adequadas de segurança. “Ele [soldado] o respondeu em tom de insubordinação, usando expressões inadequadas", afirma.
Para Marco Prisco, presidente da ASPRA Bahia (Associação dos Policiais, Bombeiros e de seus Familiares), o policial estava desempenhando a função de forma correta. “Todo mundo sabe que a viatura não tem como ir para rua, o veículo não tem pneu de socorro e, mesmo assim, o comando determinou que ele fosse”, comenta.
Prisco afirma ainda que a prisão ocorre por pressão política e para servir de exemplo aos outros soldados do que não se deve fazer. "Isso é pressão política. O governo quer que a população veja a viatura na rua, mesmo que ela não possa fazer nada, para dar a sensação de segurança à população. Estão prendendo um cidadão brasileiro, um trabalhador, só porque ele teve a coragem de dizer que não podia estar na rua com a viatura subutilizada.”, diz.
Defesa
De acordo com o advogado do soldado, Fábio Brito, que é diretor jurídico da ASPRA, ele está detido na 28° delegacia, localizada no Nordeste de Amaralina. Ele conta que o soldado contou que calibrou os pneus do veículo antes de sair e retornou à unidade porque não tinha pneu de socorro. "Não entendemos porque o soldado está prestando depoimento em uma delegacia, como se fosse um marginal, isso a gente não compreende", afirma.
O advogado relata que o soldado deve ser encaminhado à Corregedoria da PM para que seja averiguado se o caso se configura como crime militar. "Estamos com dois advogados envolvidos no caso. Nós iremos dar entrada a uma representação criminal de abuso de autoridade contra o capitão e o tenente que deram voz de prisão", diz. Ele acrescenta ainda que o soldado tem nove anos de polícia e é diretor de comunicação da ASPRA.
De acordo com o capitão Pita, responsável pela comunicação da Polícia Militar, o soldado foi flagrado com porte ilegal de arma e por isso presta depoimento em uma delegacia. O soldado da PM deve ser interrogado pelo delegado Marcelo Sansão, titular da 28° delegacia, por volta das 13h.
O delegado Sansão, com base em informações preliminares, dá outra versão. "As primeiras informações que tenho é de que ele estava cantando pneu no pátio da companhia e que, quando estava sendo ouvido, uma arma não registrada foi encontrada com ele". O delegado afirma que irá aplicar a fiança, com base na nova lei do Código Penal, a 12403/11, mas ainda não revela o valor. O advogado de defesa nega o porte de arma e reafirma a situação de perseguição.
 
Agora colegas, vejam as sábias palavras do nosso amigo Fábio exposta numa rede social. Clique em mais informações
 
Fonte: bizu de praça

Um comentário:

  1. Materias como essa serve para reflertimos acerca dos problemas de nossa Instituição.

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