Dois pesos e duas medidas na PM. Leia e se revolte
Militar foi preso por oito dias por ter assumido direção da Guarda Municipal de Delmiro; contudo, capitão, em tratamento desigual, compõe a diretoria da Guarda de Marechal Deodoro
Mais um caso que reflete o desigual tratamento ofertado aos homens que compõem a Polícia Militar de Alagoas vem à tona, revoltando a corporação. Isso porque o sargento PM Everaldo Severino Rolemberg, inscrito sob a matrícula de número 80.626, conforme o Boletim Geral Ostensivo nº 46, de 10 de março de 2011, foi punido com oito dias de prisão devido à denúncia de que estaria acumulando cargos indevidamente.
Sargento Rolemberg foi nomeado para o cargo em comissão de Diretor da Guarda Municipal da cidade de Delmiro Gouveia, no Sertão alagoano, permanecendo no exercício de suas funções durante oito meses, de janeiro a 1º de setembro de 2009, quando exonerado conforme a portaria de nº 262.
O sargento, em depoimento ao tenente Marcelo Barbosa de Macedo, admitiu o fato e alegou, em sua defesa, o desconhecimento da legislação pertinente ao caso, de modo que não enxergaria ilicitude no desempenho da atividade em foco. Por isso, após sindicância, Rolemberg acabou vindo a ser punido com prisão, na sede do 9º Batalhão, por ter acumulado, no citado período, dois cargos públicos, violando preceito normativo constitucional.
No entanto, o mesmo procedimento ainda não teria sido adotado em desfavor de outro militar, o capitão PM Gouveia, lotado no Batalhão de Polícia de Eventos (BPE) e que acumula o cargo de diretor da Câmara Municipal de Marechal Deodoro desde o último dia 04 de abril.
A solenidade de posse da nova direção contou com a presença, inclusive, do presidente do Sindicato dos Guardas Municipais do Estado de Alagoas (Sindguarda-AL), Cleif Ricardo. Na oportunidade, ele desejou sorte ao novo diretor, ao tempo em que lamentou o fato de o ex-comandante, o sargento PM Roque, não ter encontrado, segundo ele, condições para desempenhar um bom trabalho à frente da instituição.
Portanto, o mesmo tratamento não teria sido adotado em relação ao notório acúmulo de função – em caso evidente ao do sargento Rolemberg – por parte do capitão Gouveia. Há a suspeita de que tenha havido ingerência política junto ao Comando Geral da Polícia Militar, no que evidenciaria mais um caso de negligência no tocante ao devido cumprimento do Estatuto da PM [e ao RDPMAL].
Com a palavra, o Comandante Geral, coronel Luciano Silva.
Fonte blog da segurança pública
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