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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Opinião da Tropa: Onde Estão os Indignados da PMBA?

 

Carta aos Policiais Militares da Bahia

Nem mesmo as inúmeras conquistas dos policiais militares de outros estados, através do Movimento Polícia Legal, têm servido para curar a apatia dos policiais militares da Bahia e de suas associações. Um a um, em cada estado da Federação, os policiais militares estão buscando, legitimamente, condições mínimas para exercerem seus misteres.

As vitórias são inúmeras, vão desde a implantação do Subsídio, previsto na Constituição Federal, à extinção dos Regulamentos Disciplinares que serão substituídos por um Código de Ética.

A falta de mobilização contra a hipocrisia e a inércia do Governador da Bahia chega a ser estarrecedora. Enquanto os militares estaduais de todo o Brasil se articularam em mobilizações vitoriosas, a Bahia permanece indiferente aos últimos acontecimentos.


A Polícia Militar da Bahia vem sendo massacrada há anos. Em doses homeopáticas, Governo após Governo, os militares baianos foram relegados a uma subcategoria de profissionais. Promessas e mais promessas, inclusive a petulância de exibir em pleno horário político um contracheque de um policial militar baiano. Já estamos no segundo mandato do Governo do PT e nada mudou. Aliás, mudou e pra pior.


Estamos vivendo sob a égide do estelionato salarial e das gratificações virtuais. A dignidade do policial militar vem sendo aviltada diuturnamente. A Bahia tem uma história de grandes levantes. Salvador já foi palco de grandes revoluções. O Brasil se tornou independente em 02 de Julho e não em 07 de Setembro como muitos pensam. Dizer que os baianos são cordeirinhos é uma falácia.


Em termos de mobilizações na Polícia Militar, essas costumam ocorrer de 10 (dez) em 10 (dez) anos, só pra lembrar: 1981, 1991 e 2001. O fato é que em 2009 fomos humilhados diante de todo o Brasil.


Até agora o MPL de 2009 está entalado na garganta de milhares de milicianos baianos. Milhares de policiais militares lotaram as assembléias em 2009, cerca de 10.000 (dez mil) profissionais de segurança pública se fizeram presentes em prol de um grande levante. A mobilização explodiu e por motivos escusos pessoas que se diziam representantes dos policiais militares, UNILATERALMENTE, findaram a mobilização sem consultar aqueles que LEGITIMAMENTE inciaram o movimento: a tropa!


Que isso sirva de exemplo para que a tropa não obedeça cegamente nenhum de seus representantes. Afinal representante não é para ser obedecido e sim, apenas, para NOS REPRESENTAR.  


Bastou isso para que um balde de água fria fosse jogado nas diversas caravanas que vieram dos locais mais distantes da Bahia. Policiais militares, servidores públicos, pais de família, filhos e filhas da Bahia, se deixaram humilhar pelos gestores da PMBA e pelos "representantes” da tropa.


A última grande mobilização na PMBA ocorreu em 05 de Julho de 2001 e duraram longos 13 dias. Já se passaram 10 (dez) anos. Neste momento não cabe revanchismos, nem vinganças, houve culpados de ambos os lados. Se as representações pecaram por findar o movimento sem consulta prévia, pecaram também os policiais militares, que acataram o fim do movimento. O passado que fique apenas como exemplo.  É chegada a hora!


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