sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Polícias Civil, Militar e bombeiros decretam greve no Rio de Janeiro


Após a assembleia realizada na noite de quinta-feira (9), os bombeiros e as polícias civil e militar decretaram a greve das categorias no estado do Rio de Janeiro.

"A partir de agora, a segurança é de responsabilidade da Guarda Nacional ou do Exército", disse o cabo da PM Wellington Machado, do 22º BPM (Maré) ao microfone, após perguntar quem estava a favor da paralisação e todos os presentes levantarem as mãos e gritarem "sim".
Após a confirmação da greve, o PM deu instruções aos policiais e bombeiros presentes na Cinelândia. "Todos devem seguir direto e estar aquartelados em seus respectivos batalhões", disse. "Atenção, é importante, quem está de folga aquartela, de férias aquartela, quem está de licença aquartela. Todos juntos, não tem distinção, se puderem levar as esposas, levem junto. É importante", completou.

O decreto da greve foi antecipado, já que segundo as lideranças do grupo, se as reivindicações não fossem aceitas até a 0h desta sexta-feira (10), as categorias iniciariam a paralisação. De acordo com os líderes do movimento, no entanto, a decisão pela greve já estava acertada. Eles explicam que a antecipação do anúncio da paralisação ocorreu porque os manifestantes estavam cansados. A assembleia teve início por volta das 18h.

Os policiais militares informaram que ficarão aquartelados e não atenderão nenhuma ocorrência. Os bombeiros informaram que ficarão aquartelados em seus batalhões, e que um efetivo de 30% em cada quartel atenderá os casos de emergência. Já os policiais civis disseram que apenas 30% do efetivo ficará à disposição para os casos de emergência, como ocorrências em flagrante e homicídios. Eles frisaram, no entanto, que não vão deixar "a população à deriva".

Exército enviará 14 mil homens

Mais cedo, o secretário estadual de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros do Rio, coronel Sérgio Simões, afirmou que o Exército disponibilizaria cerca de 14 mil homens e a Força Nacional atuaria com cerca de 300 homens para a segurança no estado, caso a greve fosse decretada.

Segundo ele, o plano prevê que os 14 mil homens do Exército façam o policiamento no estado, enquanto os 300 homens da Força Nacional auxiliem no trabalho dos bombeiros, em caso de paralisação dos servidores de segurança do estado.

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