Os três oficiais responsáveis pela banca do conselho disciplinar do Corpo de Bombeiros julgaram o cabo Benevenuto Daciolo como culpado nesta segunda-feira (5). Segundo Cristiane Daciolo, mulher do líder grevista, eles consideraram que seu marido “mancha a imagem da corporação”.
Apesar de o conselho ter votado contra a permanência de Daciolo no Corpo de Bombeiros, quem dá a palavra final é o comandante Sérgio Simões, que definirá pela exclusão, ou não, do cabo.
Daciolo responde por aliciamento e incitamento a motim depois que escutas telefônicas, autorizadas pela Justiça, supostamente flagraram o cabo negociando estratégias grevistas com líderes do movimento na Bahia e no Rio. Após o episódio, o militar chegou a ficar nove dias preso na penitenciária de segurança máxima Bangu 1, na zona oeste.
O cabo contou que esteve na última terça-feira (28) no Quartel Central dos Bombeiros, no centro, para a última audiência do conselho disciplinar. Em sua defesa, Daciolo argumentou que a visita a Salvador, durante a greve de bombeiros e policiais militares da Bahia, foi para ajudar na negociação do movimento
- A nossa viagem para a Bahia foi notificada ao comando da corporação. Isso foi publicado no boletim interno dos Bombeiros. Nós estávamos acompanhados de um juiz federal e de deputados estaduais e federais durante o tempo em que estivemos em negociações com o movimento grevista da Bahia.
Segundo a Secretaria de Estado e Defesa Civil, a audiência serviu para que novos documentos fossem anexados ao processo. Com isso, estabeleceu-se um prazo de três dias para que o Corpo de Bombeiros e o cabo Daciolo sejam informados sobre o conteúdo.
Com esta etapa cumprida, será marcada nova audiência para definir o futuro de Daciolo e encaminhar a decisão ao comandante Sérgio Simões, que terá, então, cinco dias para anunciar o veredicto.
R7
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