O juiz Paulo Roberto Santos de Oliveira, da Auditoria da Justiça Militar da Bahia, negou o pedido de habeas corpus solicitado pela defesa dos cinco soldados que cumprem prisão preventiva há 33 dias em Ilhéus, por adesão à greve da categoria no início do ano. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (16) no Diário Eletrônico da Justiça. Com a notícia, os policiais decidiram encerrar a greve de fome iniciada há 48 horas em protesto contra o que consideravam lentidão do judiciário.
O advogado de defesa dos PMs, Valdomiro Eutímio, informa que o próximo passo é entrar com outro habeas corpus com pedido de liminar, dessa vez dirigido aos desembargadores, segundo grau do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
"Eles foram denunciados por motim, revolta e conspiração, mas isso não é motivo para mantê-los presos. Eles iam aquartelados para a companhia, como vários outros, absolutamente nada na sentença condiz com a verdade. Peguei depoimentos de major, coronel, todo mundo fala bem deles. E o engraçado é que um deles, que seriam o sexto, saiu, foi libertado. A única diferença dele para os demais é que o seu endereço é de Itabuna, não de Ilhéus", relata o advogado.
A funcionária pública Maviane de Oliveira, 30 anos, esposa de um dos policiais presos, afirma que o acordo de suspender a greve de fome foi tomado logo após serem informados sobre a decisão. "O objetivo mesmo era ter uma resposta como aconteceu hoje. A pedido nosso, do coronel Teixeira [comandante do 2° Batalhão] e do advogado, eles encerraram a greve. Mas vão voltar a comer aos poucos, porque estão bastante debilitados bebendo só água", relata. Está programado um ato de apoio aos grevistas para a tarde desta sexta-feira, com a presença dos policiais já libertados na cidade vizinha de Itabuna.
Agravo
Nenhum comentário:
Postar um comentário