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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Professores cumprem promessa e montam feira na Piedade




Os professores grevistas da rede estadual de ensino cumpriram o prometido e anunciado na última quarta-feira (2) e montaram a “feirinha” na Praça da Piedade. O ato de protesto serviu, de acordo com o coordenador da APLB Sindicato, Rui Oliveira, para chamar a atenção do governador Jaques Wagner de que os professores vão continuar mobilizados até que as reivindicações da categoria sejam atendidas.



A paralisação entrou no 22º dia. Com salário cortado por uma decisão judicial, os professores encontraram na “feirinha” uma forma de complementar a renda e protestar. “Esta é uma manifestação simbólica para chamar a atenção de Wagner, que se recusa a cumprir com a palavra assinada em novembro do ano passado”, reafirma Rui Oliveira, que emendou dizendo que tudo permanecerá como está até que os 22% acordados sejam pagos.




De acordo com o Marcelo Cerqueira, 37, que leciona no colégio Leonor Calmon em Cajazeiras, a greve dos professores é apenas a ponta do iceberg na educação na Bahia. “Há superlotação nas escolas, infiltrações e estruturas sem reforma há muitos anos. Este é um problema de política de estado, que colocado a educação apenas nos discursos políticos” relatou o professor de sociologia e filosofia. 

Complementando o que disse o companheiro de movimento grevista, o professor de história, Anderson Silva, 32, e falando com embasamento sobre as promessas do governador, ele apresenta cópia de documentações assinados em acordo. “O governo Wagner reteve mais de R$ 8 bilhões que seriam destinados a educação”, diz oAnderson que entregou para a reportagem do Bocão News uma cópia do Termo de Acordo do Ensino Fundamental e Médio, onde cita compromisso com o reajuste salarial: 

Entretanto, o secretário de Educação do estado, Osvaldo Barreto, retruca o movimento dizendo que esta é uma luta sem causa, e acrescenta que a bandeira dos 22% é irreal: “o recomendado é que os professores retomem suas atividades para evitar mais prejuízo ao calendário de aulas que já há programa de reposição das aulas. O documento assinado e citado pelo sindicato não garante o reajuste solicitado pela categoria. A lei não garante nada, e ainda dá folga para o governo até 2014. Os cortes citados foram revisados e os salários que foram cortados indevidamente serão debitados em duas folhas de pagamentos nos dias 5 e 11 deste mês”. De acordo com o secretário, 22.900 professores tiveram o salário cortado e destes, 1600 foram cortes indevidos, “por conta de uma falta de comunicação entre a secretaria a as escolas”, disse. 

Foto: Roberto Viana// Bocão News







fonte:BocãoNews

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