segunda-feira, 11 de junho de 2012

Entrevista / Augusto Júnior


Graduando em Direito pela Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC, Pedagogo, Professor e Policial Militar, Augusto júnior se tornou uma das figuras mais polêmicas e importantes desse primeiro semestre de 2012. Um dos líderes e articuladores da greve da PM, deflagrada em 31 de Janeiro, esta figura cativante, inteligente e intrigante abre o jogo!
Com EXCLUSIVIDADE, conta um pouco da sua vida, dos motivos que originaram a greve e principalmente, fatos que a mídia escondeu. Vale a pena conferir a entrevista!!!!

1 – Fale da sua origem.

Augusto júnior
Nasci e me criei na Rua Alto do Paquetá, no Bairro da Conquista onde moro até hoje. Meu pai é “trapicheiro”, arrumador (pessoa que carrega sacos de cacau na cabeça), minha mãe lavadeira do Hospital São José. Tenho duas irmãs de sangue e mais uma de criação. Sempre fomos pobres. Lembro-me que quando era criança saia com mainha antes do sol nascer para pegar ficha de consulta médica e não compreendia porque tinha que sair tão cedo para conseguir ser atendido. Muitas vezes ficava revoltado porque não conseguíamos haja vista algumas pessoas dormirem na fila e como as senhas eram limitadas, ficávamos sem a nossa consulta. Outra coisa que me revoltava era quando queria que mainha comprasse algo e ela (coitada), não tinha dinheiro para tal e eu ficava muito chateado e achava que ela não dava porque não queria. Hoje tenho dois filhos e às vezes me sinto como minha mãe se sentiu por muitas vezes, nem sempre posso dar as coisas para eles, principalmente para a mais velha que pede, especialmente agora que ESTOU ENTRANDO NO QUARTO MÊS SEM SALÁRIO, cortado pelo governo. Apesar de uma série de dificuldades, tive uma infância muito feliz. Vivi a minha vida com bastante intensidade na infância, adolescência e agora na juventude.

2- Sua militância começou depois que você ingressou na PM?

Não. Minha militância é de longa data. Nunca gostei de injustiça, sou uma pessoa muito tranquila, por isso as pessoas se surpreenderam comigo no movimento da PM. Eu sempre militei no movimento estudantil, quem foi contemporâneo meu na escola sabe que sempre fui líder de sala, fiz parte de direção de grêmio estudantil. Fui o primeiro de toda a minha família a passar em um vestibular, passei no meu primeiro vestibular na UESC para Pedagogia e quando cheguei ao curso, observei que não tínhamos Movimento Estudantil e junto com grandes amigos, que tenho muito respeito até hoje, fundamos o Diretório Acadêmico de Pedagogia Litza Câmara. Dois anos depois fui reeleito. Quando sai do curso, o D.A acabou. No mesmo ano em que fui reeleito para o D.A. ingressei em uma chapa para concorrer à eleição do DCE e saímos vitoriosos. Fui diretor do DCE por uma gestão, uma época em que o Movimento Estudantil na UESC era muito ativo. Fechamos várias vezes a pista em protesto pelos seguidos aumentos da passagem e pela melhoria no transporte público, fizemos uma luta histórica pelo voto paritário para a escolha do reitor, iniciamos as discussões em torno das cotas na UESC, e hoje ao olhar para trás vejo que as lutas que travamos deram resultados, isso nos faz sentir realizados como seres políticos. Ainda nesse período fui membro da Executiva Estadual de Pedagogia, representando os estudantes em vários Seminários Fóruns e Encontros, fui delegado em dois Congressos da UNE, em um deles ocorrido em Goiânia os estudantes da Bahia tiveram papel fundamental na articulação política, participei da Bienal de Cultura e Arte da UNE e do CLAE – Congresso Latino Americano de Estudantes, ocorrido em São Paulo, no qual fizemos várias manifestações em defesa da Educação Pública, Laica, de Qualidade e Referenciada. Naquela oportunidade fechamos a Av. Paulista por uns minutos para chamar atenção para o sucateamento da educação pública com fins privatista.
Já licenciado em Pedagogia, Pós-graduado em Educação e agora Acadêmico de Direito, insatisfeito com a nossa representatividade da PM, fundamos a ASPRA – Bahia, Regional Ilhéus juntamente com alguns amigos (as) e Marco Prisco um revolucionário e visionário que tenho o prazer de chamar de amigo. No início, poucos acreditaram nessa entidade, pois estavam desiludidos com associações. À medida que tempo foi passando, a ASPRA mostrou-se ser diferente e foi se consolidando como uma entidade forte. Essa confiança de toda a categoria foi coroada com o movimento ocorrido no mês de fevereiro, que da nossa parte, foi pacífico e ordeiro, mesmo que a mídia articulada com o Governo do Estado tenha tentando induzir a população ao erro para que pensassem que éramos um bando de arruaceiros. Devido á força das redes sociais a população tinha acesso ao que era verdade em meio a todo aquele jogo sujo do Governo e por isso ficou em grande parte do nosso lado.

3- Como estudante, professor e soldado da PM, qual a sua visão em relação as politicas sociais implantadas para melhoria da qualidade de vida e dos serviços públicos na Bahia?

Incipientes!!! A começar pela forma como o Governo trata os servidores públicos. Servidor sem dignidade, quem sofre é a população, que precisa desses serviços, e, diga-se de passagem, não é favor e sim obrigação do Governo. Não existe, no Estado, políticas sociais sérias cujos resultados sejam vistos a médio e longo prazo. Vivemos a política do faz de conta! O governo pensa de forma provinciana, a seca é o retrato disso, fazem-se reservatórios de água onde passa meses a fio sem chover, de onde se armazena essa água que, aliás, mal da para manutenção da pessoas. Na área da educação, tem programas que remontam o antigo MOBRAL, movimento que eles criticavam. Não dá para dizer que uma pessoa que nunca foi a escola será alfabetizada em seis meses, ai eles divulgam dados falaciosos sobre as taxas de analfabetismo. Quando a pessoa assina o nome, para eles, já está alfabetizada e a capacidade de decodificação e entendimento do que está escrito??? Eu trabalhei em um projeto desse tipo e sempre dizia aos meus alunos que esse curso seria o inicio de uma nova jornada na educação formal, mas nunca vendi ilusões de que eles sairiam de lá letrados. Tenho certeza que nos meses que fiquei com eles, mais aprendi do que ensinei. Na área da segurança pública importa programas de segurança de outros estados e não cria condições para que esses programas deem certo. Na saúde? Meu Deus! É só ver o que ocorre no eixo Ilhéus – Itabuna para saber que o Estado relegou aos municípios a responsabilidade pelo controle da dengue, mas esquece de que todos esses problemas desembocam nas urgências e emergências dos hospitais públicos. Em todos os casos citados, deixa-se de investir R$ 1,00 em prevenção e investe-se R$ 100,00 para corrigir o que deveria ter sido feito. Não existem políticas sociais e sim políticas assistencialistas e, diga-se de passagem, do Governo Federal, que até considero importantes, pois é uma forma de distribuir renda, mas paralelo a essa distribuição o que é feito para tirar a família que recebe determinado benefício da condição de miserável à condição de cidadão? Não há continuidade de políticas, dá o peixe, mas não ensina a pescar, e dessa forma entramos em um ciclo vicioso.

4- Porque a greve da PM foi deflagrada?

A greve era um anseio da categoria que vinha há anos trabalhando com uma carga horária excessiva, com equipamento velho, coletes vencidos. Em vários lugares, com armamento obsoleto, com cotas de combustível que mal dá para dar uma volta no quarteirão. Havia ainda um sentimento de descrença nos governantes e nas lideranças. Com relação ao primeiro, temos um Governo o qual tivemos participação efetiva na sua eleição, pois na oportunidade o contracheque de um Policial foi utilizado. A categoria acreditou e militou pela sua eleição, derrotamos o Carlismo achando que entraríamos numa era de prosperidade, mas não foi o que ocorreu. Com relação ao segundo ponto, temos associações que foram ludibriadas pelo mesmo governo que fez acordos no ano de 2009 após um movimento e não cumpriu nenhum desses acordos. Os policias saíram desmoralizados, pois o governo apenas comprou 3.000 mil coletes e aquele acordo, ficou conhecido como O Acordo Dos Coletes.
O mister da PM é garantir o Estado Democrático de Direito, então eu pergunto é possível assegurar o direito alheio se o seu direito é lesado, é roubado, vilipendiado? A quem recorrer se quem garante esse direito é a PM? Existe um curso chamado Uso Progressivo da Força, e lá ensina que o PM deve usar a força numa gradação crescente para fazer com que determinado direito seja garantido e foi exatamente isso que a categoria fez! Tentou negociar e quando viu que não tinha jeito, usou uma arma letal, A GREVE!!
Há uma lei de 1997, chamada Lei da GAP (Gratificação de Atividade Policial), que fala sobre a carga horária do PM, bem como deve se configurar os seus proventos. Ocorre que há anos essa lei vem sendo descumprida! A periculosidade não é paga! A insalubridade não é paga! Não há progressão no quadro de praças! Teve um soldado que foi promovido a cabo com 31 anos de serviço! Não existe um plano de carreira! Mas o que levou a categoria a clamar pela greve no dia 31 de Janeiro, foram as várias mortes ocorridas nos primeiros dias do ano, ou seja, os praças derramam o seu sangue pela sociedade, por essa instituição quase bicentenária e o que tem recebido em troca? VI NA INTERNET QUE TEVE UM POLICIAL QUE MORREU DE SERVIÇO NUMA PERSEGUIÇÃO E ABRIRAM PROCEDIMENTO PARA EXCLUÍ-LO DEPOIS DE MORTO, ISSO É CORRETO? COMO FICARIA A VIÚVA DESSE POLICIAL? A ASPRA tem uma diretoria cujo objetivo é acompanhar as viúvas, pois quando o PM morre, se elas não forem bem orientadas, elas passam a maior dificuldade para ter o seu direito à pensão assegurado. O QUE LEVOU A CATEGORIA A PARAR, FOI A DOR DA PERDA DE VÁRIOS COLEGAS QUE AMAM ESSA INSTITUIÇÃO!
  
5- Você acha que a greve foi bem sucedida?

Eu penso que sim! Mas, do ponto de vista pessoal, talvez não!
A minha família sofreu muito! Meu pai esteve todo esse tempo doente, minha mãe e minha esposa emagreceram muito, minha filha mudou o comportamento na escola. Em 30 anos de vida eu nunca tinha visto meu pai chorar e no dia que saiu o meu alvará de soltura, que eu liguei para ele, eu o ouvi chorar, assim como o vi chorar quando cheguei em casa depois de meses fora. A única coisa que me faz repensar o movimento é a minha família que é o meu chão, foram as principais pessoas que forjaram o meu caráter. Ainda do ponto de vista pessoal, pode ter sido negativa pelos traumas criados devido às ameaças sofridas, ao assédio moral, a minha prisão que foi ilegal e imoral, o corte do meu salário que já entra pelo quarto mês seguindo e certamente a minha exclusão que deverá se dar ao final do processo. ESSA INFORMAÇÃO É EM PRIMEIRA MÃO VIU??? VEJA O DIA DA PUBLICAÇÃO DESSA ENTREVISTA, POIS QUANDO EU FOR EXCLUÍDO EU DIREI: – NÃO FALEI RABAT, QUE EU SERIA DEMITIDO, MESMO SEM TER COMETIDO CRIME ALGUM?
Esse é um jogo de cartas marcadas, um soldado não pode jamais se destacar numa instituição, que não gosta de pessoas que pensam. Como disse um governador de Estado, que não me lembro agora o nome, eles vão fazer valer o ditado miliciano que diz:  “prego que se destaca leva martelada”.
Do ponto de vista coletivo, eu penso que o movimento também foi bem sucedido pelo seguinte: conquistamos a lei da GAP (esperamos que o governador cumpra esse acordo). Mesmo que a conquista tenha sido de forma escalonada até 2015, antes nem o mais otimista policial tinha esperança de receber, mas para mim, A MAIOR VITÓRIA FOI POLÍTICA. Primeiro porque, uma categoria que foi sempre antagônica aos movimentos sociais, teve que se valer das estratégias e da força desses que sempre combateu, para mostrar que também são seres que merecem respeito. Outra grande vitória foi o fato de termos chamado atenção para a bomba relógio que é a segurança pública nesse país. A segurança voltou a ser um dos principais temas na agenda política brasileira! Renasceu o debate sobre a desmilitarização, que considero ser imprescindível para a humanização das PMs. Um dos reflexos da força desse movimento foi a orientação da ONU para que o Brasil acabe com a polícia militar. Uma polícia desmilitarizada é melhor para todos. Só quem participa ativamente das redes sociais percebem que houve um despertar político de uma das maiores e mais fortes categorias do Estado, os policias se veem hoje como cidadão de direitos.

6- Como se deu a sua prisão e porque você foi um dos últimos a ser preso?

Minha prisão foi algo mágico, emocionante! Convoquei pelo facebook meus amigos e familiares, pois fiquei muito tempo longe deles e queria que todos soubessem que eu estava bem. Quando cheguei junto com o advogado e vi meus amigos ali, gritando palavras de ordem com meu nome, eu não aguentei e chorei muito! Eu sabia que aquelas pessoas confiaram em mim ao longo de todo o movimento, e tinham o respeito e uma admiração por mim!
Certamente isso aconteceu porque, se tinha alguém que precisava de greve, esse alguém não era eu!!! Tinha uma renda muito boa para uma cidade como Ilhéus, estava na metade para o fim do curso de Direito e abri mão de sonhos pessoais por uma luta que transcendia esses interesses. Por ser PM, sei a dor dos meus colegas e por isso não temi em ser o parta voz deles, mesmo sabendo do peso da carga que teria que carregar. No momento da minha entrega, passou um filme pela minha cabeça. Desde o dia 31 de janeiro, quando saímos daqui com um micro-ônibus, até o dia 26 de março, quando eu me entreguei.
Fui um dos últimos a ser preso porque muitas notícias chegaram de ameaças e sabíamos que o nosso movimento era algo nunca visto antes na história recente do nosso país. Tudo ficou muito tenebroso depois da prisão de Prisco, de alguns diretores da ASPRA e dos demais colegas. Eu fiquei fazendo um trabalho de bastidores para ajudar a articular a soltura dos colegas, fiz contatos com pessoas da capital e até de outros estados com o objetivo de possibilitar a soltura dos meus amigos. Havia uma orientação da ASPRA e do próprio Prisco para que eu não me entregasse naquele momento. Se observarem, Prisco saiu em um dia e eu me entreguei no outro, porque eu sabia que teria uma pessoa mais articulada lutando pela nossa soltura, além dos demais. Me apresentei já sabendo que os demais presos sairiam no dia seguinte a minha apresentação.
7 – O que você diz sobre as escutas telefônicas amplamente divulgadas na mídia baiana e nacional?

Bom… uma coisa é certa, quero acreditar que o que foi divulgado não tenha sido fruto de escuta ilegal, pois todos sabem como os sistemas de informação nesse país atuam.
O que é fato, e isso os meios de comunicação de massa não mostraram, é que o que foi divulgado foi uma “degravação”, ou seja, pegaram um trecho da conversa entre Prisco e Salomão e a editaram de acordo com os interesses do Governo do Estado que precisava garantir o carnaval da Bahia e do Rio. A TODA PODEROSA REDE GLOBO NÃO PODERIA TOMAR PREJUÍZOS. HÁ UM TRECHO QUE FOI OMITIDO NO QUAL PRISCO DIZ PARA O SALOMÃO NÃO QUEIMAR NADA E PARA FICAR NO QUARTEL ATÉ SEGUNDA ORDEM, isso consta nos autos do processo! Claro que o Salomão não iria queimar nada, como não queimou. Tudo isso foi parte de um jogo de contra-informação, uma vez que todos sabiam que estavam com os celulares grampeados (de forma legal ou ilegal) e assim, confundíamos quem estava do outro lado. VALE LEMBRAR QUE, SEGUNDO PRISCO, FOI DADA ENTRADA NUMA AÇÃO COM PEDIDO DE DIRETO DE RESPOSTA E UMA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS NO VALOR DE DOIS MILHÕES.

8- Qual a sua relação com Prisco? E como está a situação da ASPRA atualmente?

Minha relação com Prisco é a melhor possível! Ele é um cara digno, de muito respeito! Tenho uma admiração muito grande por tudo que ele já fez e já sofreu por essa luta! Ele tem lutado incansavelmente pela categoria policial militar e o que ele tem feito, transcende os limites territoriais do Estado. Ele é uma pessoa muito respeitada nos outros Estados. HOJE ESTAMOS DE RELAÇÕES CORTADAS (RISOS)!! A justiça aplicou algumas medidas que restringiram a sua liberdade, entre elas, a PROIBIÇÃO DE FALAR COM TODO E QUALQUER POLICIAL MILITAR DA BAHIA OU DIRIGENTE DE ASSOCIAÇÃO OU SINDICATO DO PAÍS. Na verdade isso á mais uma investida do Governo para tentar engessar Prisco e a ASPRA. Ele é um cara de muita ousadia, muito inteligente e arrojado, enfrenta uma luta injusta, é Davi contra Golias e mais uma vez, de forma lenta, mas constante, Davi está vencendo Golias, o sistema sente-se ameaçado!
A ASPRA em pouco tempo irá se tornar uma das entidades mais respeitáveis desse estado. Com menos de dois mil sócios, conseguiu marcar posição e desmascarar pessoas. ESTAMOS CAMINHANDO COM MUITA DIFICULDADE, POIS O GOVERNO PERSEGUE A ENTIDADE DE TODAS AS FORMAS, JÁ FOI DITO POR GENTE IMPORTANTE NO GOVERNO QUE A ASPRA SERIA ANIQUILADA!
Primeiro, lacraram a nossa sede e levaram todos os documentos e computadores, bloquearam a nossa conta deixando todos os profissionais sem receber pelos serviços prestados à entidade. Ou seja, estamos com as nossas contas atrasadas desde o mês de janeiro! Por fim, o Governo, através da “Justiça”, suspendeu a nossa consignatária, pegando os recursos que foram arrecadados ao longo de quatro meses e devolvendo aos sócios para tentar inviabilizar o funcionamento da entidade! O  que ele não contava (E QUE ESTÁ SENDO REVELADO COM EXCLUSIVIDADE AO AMIGO RABAT) É QUE BOA PARTE DOS SÓCIOS TEM MUITA CONSCIÊNCIA POLÍTICA E ESTÃO REPASSANDO OS VALORES PARA A ENTIDADE, E O QUE É MELHOR DE TUDO ISSO, TIVEMOS UMA ADESÃO MUITO GRANDE DE NOVOS POLICIAIS, ATÉ AQUI JÁ SUPERAMOS A NOSSA META DE NOVOS FILIADOS PARA ESSE ANO E ASSIM QUE NOS ORGANIZARMOS FAREMOS UMA CAMPANHA DE FILIAÇÃO EM MASSA PARA CONSOLIDAR A ASPRA.
Recentemente, tivemos mais uma grande vitória contra o governo! Por meio de um Mandado de Segurança, conseguimos liminarmente que a nossa consignatária não fosse suspensa e nessa decisão, os recursos arrecadados dos sócios não serão devolvidos! Como esse governo é contumaz em zombar do judiciário, não cumprindo suas decisões ele devolvel, vamos ver o que fará com a consignatária.

9 – O que você atribui como causa das diversas greves deflagradas nos últimos 12 meses (leia-se: Professores estaduais, saúde, PM, Universidades, Rodoviários)?

Isso mostra que o conhecimento que o governador acumulou como articulador grevista não o possui mais, pois agora está do outro lado! Das duas uma, ou ele é muito mal assessorado e eu tenho quase certeza que essa assertiva é real, ou ele está pouco se lixando para o estado. É inconcebível o caus que a Bahia está posta! Durante a greve não se deve tencionar, não pode ser inflexível. não é comum que tantas greves ocorram e durem tanto e tragam tantos prejuízos para as pessoas e para o estado. SERÁ QUE SÃO OS GREVISTAS QUE ESTÃO ERRADOS OU A INTRANSIGÊNCIA É QUE LEVA AS CATEGORIAS A RESISTIREM TANTO? Outra coisa grave é o não cumprimento de acordos. Aprendi com meu pai que a nossa palavra vale mais que uma assinatura, ai uma pessoa assina um acordo e o descumpre o que poderia esperar que ocorresse? A palavra deveria ser tudo para um governante.

10- Como você entende a justiça julgando as greves como ilegais, sendo que o instituto greve constitui cláusula pétrea da Constituição?

É no mínimo inusitado, pois a greve é um direito do trabalhador e como você bem disse, cláusula pétrea da nossa Constituição!
Ai um movimento grevista é deflagrado e em questão de poucos dias, no caso da PM em poucas horas, a greve é decretada ilegal. ILEGAL OU IMORAL É O QUE O GOVERNO FAZ, OU MELHOR, O QUE NÃO FAZ QUE É CUMPRIR ACORDO, QUE É CUMPRIR COM O QUE ESTÁ NA LEI DA GAP, CUMPRIR A LEI DO PISO NACIONAL. Eu era um cara sonhador, achava que o Direito era a solução para todas as mazelas do mundo e hoje tenho vergonha do Direito ao perceber o quanto o nosso judiciário é submisso ao executivo! É incrível como ele se posta a serviço do executivo para blindar e justificar o discurso daqueles que deixam de gerir o estado com responsabilidade! Eu nuca acreditei que os poderes eram independentes entre si e hoje eu tenho certeza! Sempre critiquei o “quinto constitucional” que é uma ingerência direta do executivo no judiciário e hoje ratifico o meu pensamento quando vejo a quantidade de decisões que declaram ilegais as greves que tem ocorrido. OUTRA COISA QUE NÃO CONSIGO ENTENDER SÃO OS VALORES DAS MULTAS APLICADAS AOS SINDICATOS E ASSOCIAÇÕES. NO CASO DA ASPRA R$ 80 MIL REAIS POR DIA E DA APLB (PROFESSORES) R$ 50 MIL REAIS. SE NÃO ME ENGANO, NA GREVE DOS PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS, O VALOR DA MULTA APLICADA AO ESTADO QUE CORTOU OS SALÁRIOS, FOI DE R$ 5.000,00 AO DIA! Vejam que contrassenso! Agora me respondam, a quem serve a justiça? 












Fonte:.r2cpress

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