Paolla Serraj
Vinte policiais do 18º BPM (Jacarepaguá) foram investigados pela própria corporação por participação num esquema de liberação do serviço mediante pagamento. A negociação envolvia oficiais e praças da unidade, e foi apurada numa sindicância da Polícia Militar. A conclusão é que há indícios de participação de sete dos PMs em crimes militares.
A irregularidade foi descoberta durante as investigações da Operação Herdeiros, realizada em dezembro de 2011 pela Delegacia de Combate às Ações Criminosas Organizadas (Draco). A ação prendeu 11 PMs e dois policiais civis, que revendiam armas e drogas a traficantes. Embora não fossem o foco da investigação, entre abril e junho de 2011 policiais do 18° BPM foram flagrados nas escutas telefônicas da Draco.
Durante as conversas, os policiais falam sobre as escalas de serviço e das negociações para troca de plantões. Num dos diálogos, por volta das 21h25m de 20 de maio, o ex-cabo Marcelo Barbosa Moreira (já expulso da corporação) fala com o sargento Marcio Gomes Landeiro, após ser liberado do serviço.
A escuta flagrou Marcelo afirmando que sempre ia embora do trabalho e não tinha bancado nenhum serviço, pois não gostava de pagar e assumir outras escalas. Marcelo comenta ainda que os valores pagos para a liberação da escala eram de R$ 50 para o oficial e R$ 20 para o quarteleiro, o sargento Marcelo Basílio de Moraes. No domingo, ser liberado do serviço de 24 horas saía por R$ 100, segundo o policial.
Em um momento da conversa, Marcelo ainda critica os colegas que querem pagar pouco. Ele ainda critica um sargento por querer pagar apenas R$ 20 ou R$ 30.
A sindicância concluiu que os capitães Fabio Cardoso Pacheco e Leonardo Oliveira Tognoc, o tenente Pedro Ribeiro Fernandes Cândido e o sargento Marcelo Basílio de Moraes cobravam para liberar PMs. Já os sargentos Marcio Gomes Landeiro, o ex-sargento André Luiz Menezes dos Santos e ex-cabo Marcelo Barbosa Moreira pagavam pelo benefício, segundo a investigação.
Extra.
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