Uma comissão de policiais militares e bombeiros foi recebida, no final da manhã de hoje (19), pela chefe da Casa Civil, Sônia Feio, e pelo secretário de Segurança Pública, Luiz Fernandes Rocha, para uma tentativa de negociação que poderá encerrar ou não a greve iniciada ontem (18), após assembleia da categoria. O Comandante Geral do Corpo de Bombeiros do Pará, Coronel BM Donato e a secretária de Estado de Administração, Alice Monteiro, também compareceram à reunião.
Os manifestantes foram atendidos após realizar protesto em frente ao Centro Integrado de Governo (CIG), na avenida Nazaré, entre Quintino Bocaiúva e Generalíssimo Deodoro. O local
Em greve, militares protestam na avenida Nazaré

Segundo informações do sub-tenente do Corpo de Bombeiros, Ari Leal, os grevistas teriam recebido uma ligação durante a assembleia de ontem, marcando uma nova rodada de negociações para esta manhã.
Por meio da Secretaria de Comunicação, o governo afirmou ao DOL que não foi agendada nenhuma reunião para hoje. Com relação às negociações para o reajuste salarial dos policiais e bombeiros militares, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup) informou, em nota oficial, que “há uma clara disposição do governo em negociar com os militares por reconhecer a importância e a responsabilidade do trabalho desempenhado por estes servidores”.
A promessa do governo é publicar, amanhã, um decreto instituindo uma comissão de negociação salarial permanente para os policiais e bombeiros militares. O aumento proposto pelo governo somente aos praças elevaria os salários dos soldados em mais R$ 539.
PARALISAÇÃO
Mesmo com a decisão tomada em assembleia geral, realizada ontem (18) à noite, de transferir para a manhã de hoje a deliberação sobre uma possível greve da categoria, policiais militares e bombeiros iniciaram por conta própria uma paralisação em diversos pontos da cidade.
O movimento começou logo depois da assembleia, realizada em frente à Associação dos Policiais Militares da Reserva (Aspomire), na avenida Pedro Miranda, na Pedreira, que reuniu centenas de policiais e bombeiros.
Em princípio, a categoria não aprova a proposta que o governo apresentou em reunião realizada, anteontem, de um aumento de 14,13% somente para os praças, deixando de fora os oficiais. Eles querem uma proposta só para todos.
A nota divulgada pela Segup ressalta que “dentro do limite que é possível oferecer sem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal, o Governo do Estado apresentou proposta de reajuste que eleva os salários dos soldados para R$ 2.128,80. Com o reajuste, as tropas paraenses passarão a ter o oitavo maior salário pago a policiais militares no Brasil”.
Em outro momento, segundo a Segup, “para evitar descontinuidade de policiamento e manter a segurança dos cidadãos nas áreas onde houve paralisação, a Polícia Civil foi deslocada para as ruas, junto com as Tropas de Missões Especiais da PM e com dez viaturas do Conselho de Segurança Pública do Meio Norte (Conen)”.
Por fim, a Segup diz que “o Delegado Geral de Polícia Civil, Nilton Atayde, o Delegado Geral Adjunto, Riomar Firmino, o Comandante geral da Polícia Militar, coronel Daniel Borges Mendes e todos os comandantes de batalhões da Região Metropolitana de Belém também estão nas ruas para assegurar a tranquilidade da população”.
(DOL)
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