terça-feira, 22 de janeiro de 2013

CURSO CAPACITA POLICIAIS MILITARES PARA UTILIZAÇÃO DA PISTOLA TASER


Dois mil e quatrocentos policiais militares estão sendo capacitados para utilizar a pistola Taser M26. Inicialmente, foram treinados 80 PMs multiplicadores, a fim de instruir os demais policiais que vão atuar durante o Carnaval e em outros eventos populares. Entre os PMs capacitados, estão os da Base Comunitária de Segurança de Rio Sena, subúrbio de Salvador.
Até sábado (26), todos os policiais serão preparados para utilizar a Taser M26. No curso, eles recebem instruções sobre policiamento em grandes eventos e como e quando utilizar o equipamento. Além do uso em grandes eventos populares, como o Carnaval, a pistola vai auxiliar em outras ações policiais.
De acordo com a subcomandante da Base Comunitária de Segurança de Rio Sena e multiplicadora, tenente Camila Soledade, a Taser vai ser utilizada em todas as atividades da base. Ela afirmou que a pistola facilita o trabalho policial durante as ações, porque evita o uso excessivo de armas de fogo. “A Taser é uma arma de baixa letalidade. Ela nos permite imobilizar um indivíduo de uma forma que não o prejudique”.
Utilizada pela Polícia Militar da Bahia desde 2010, a Taser é uma arma de eletrochoque que deflagra cartuchos de dardos energizados para imobilizar momentaneamente uma pessoa. Apesar de não apresentar grandes riscos à saúde de quem é atingido, a sua utilização exige uma série de cuidados. 
“Esse curso visa instruir o policial sobre o melhor momento de usar a Taser. Antes da abordagem, é preciso verificar o estado físico e psicológico da pessoa. A pistola não deve ser utilizada, entre outras, em gestantes e em pessoas que estejam manuseando veículos ou próximas a produtos inflamáveis”, explicou a tenente Camila. Além dos policiais militares, delegados, escrivães e investigadores escalados para trabalhar durante o Carnaval serão capacitados a operar a Taser M26 em um curso oferecido pela Academia da Polícia Civil (Acadepol).

SECOM

Ex-soldado denuncia Comandante Geral da PM BA

Todos sabem que nos processos Administrativos da PM, a palavra final é dada pelo comandante geral da corporação e que muitas vezes essas decisões vão na contramão das leis vigentes, pior do que isso, vão de encontro ao que sinalizam as comissões que apuram os supostos fatos criminosos. Isso pode até ser legal, mas é Imoral, uma pessoa não pode decidir de forma arbitrária e ao arrepio da lei sobre o futuro de outrem, por isso a ASPRA defende a desmilitarização e o controle externo da Polícia. Se essa denúncia te indignar compartilhe e comente e vamos mostrar como os praças da PM BA são tratados pelos que deles deveriam "cuidar". Veja na íntegra a denúncia que a equipe da ASPRA flagrou no facebook

Página pessoal do facebook

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Concurso para oficiais da PM é suspenso por recomendação do Ministério Público


O Concurso Público de Provas para Admissão no Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar acaba de ser suspenso pelo Comando-Geral da PM, que acatou recomendação do Ministério Público estadual. Segundo o promotor de Justiça Adriano Assis, foi identificado um erro material na fase inicial do concurso. O gabarito de uma das questões da prova aplicada no último dia 25 de novembro foi publicado erroneamente, explicou ele, destacando que o equívoco macula o certame e pode causar prejuízos diretos aos candidatos afetados. Por isso, o MP encaminhou recomendação ao Comando-Geral, que adotou as providências solicitadas e adiou as próximas fases do concurso.
De acordo com Adriano Assis, a resposta errônea eleita pela empresa que realizou as provas foi mantida mesmo após alguns candidatos interporem recurso. O concurso, frisou ele, não foi afetado em sua validade, pois há apenas um equívoco que precisa ser corrigido. Segundo Assis, ontem, dia 17, foi realizada uma audiência na Promotoria de Justiça com a presença de representantes do Comando-Geral da PM, da Procuradoria-Geral do Estado e da empresa realizadora do concurso, a Consultoria em Projetos Educacionais e Concursos LTDA (Consultec). Na oportunidade, foram discutidas medidas necessárias a assegurar a plena integridade do concurso nas demais etapas e a garantia dos direitos dos candidatos prejudicados com o erro material sucedido.

Agravo

Desmilitarizar e unificar a polícia

A  Polícia Militar brasileira é um modelo anacrônico de segurança pública que favorece abordagens policiais violentas, com desrespeito aos direitos fundamentais do cidadão 


Por Túlio Vianna
Uma das heranças mais malditas que a ditadura militar nos deixou é a dificuldade que os brasileiros têm de distinguir entre as funções das nossas Forças de Segurança (polícias) e as das nossas Forças Armadas (exército, marinha, aeronáutica). A diferença é muito simples: as Forças de Segurança garantem a segurança interna do Estado, enquanto as Forças Armadas garantem a segurança externa. Polícias reprimem criminosos e forças armadas combatem exércitos estrangeiros nos casos de guerra.
Diante das desmensuradas diferenças de funções existentes entre as Forças de Segurança e as Forças Armadas, é natural que seus membros recebam treinamento completamente diferente. Os integrantes das Forças Armadas são treinados para enfrentar um inimigo externo em casos de guerra. Nessas circunstâncias, tudo que se espera dos militares é que matem os inimigos e protejam o território nacional. Na guerra, os prisioneiros são uma exceção e a morte é a regra.
As polícias, por outro lado, só deveriam matar nos casos extremos de legítima defesa própria ou de terceiro. Seu treinamento não é para combater um inimigo, mas para neutralizar ações criminosas praticadas por cidadãos brasileiros (ou por estrangeiros que estejam por aqui), que deverão ser julgados por um poder próprio da República: o Judiciário. Em suma: enquanto os exércitos são treinados para matar o inimigo, polícias são treinadas para prender cidadãos. Diferença nada sutil, mas que precisa sempre ser lembrada, pois muitas vezes é esquecida ou simplesmente ignorada, como na intervenção no Complexo do Alemão na cidade do Rio de Janeiro ou em tantas outras operações na qual o exército tem sido convocado para combater civis brasileiros.
O militarismo se justifica pelas circunstâncias extremas de uma guerra, quando a disciplina e a hierarquia militares são essenciais para manter a coesão da tropa. O foco do treinamento militar é centrado na obediência e na submissão, pois só com estas se convence um ser humano a enfrentar um exército inimigo, mesmo em circunstâncias adversas, sem abandonar o campo de batalha. Os recrutas são submetidos a constrangimentos e humilhações que acabam por destituí-los de seus próprios direitos fundamentais. E se o treinamento militar é capaz de convencer um soldado a se deixar tratar como um objeto na mão de seu comandante, é natural também que esse soldado trate seus inimigos como objetos cujas vidas podem ser sacrificadas impunemente em nome da sua bandeira.

PM passa trote em colega e morre baleado

Policial desceu de moto e disse ao outro PM 'perdeu, perdeu'. O próprio PM levou o amigo para o hospital 

Denise Soares 
Do G1 MT
Yung Caio Rodrigues não resistiu e morreu em Rondonópolis. (Foto: Reprodução/TVCA)
Um policial militar morreu após ser baleado por outro PM, na madrugada desta sexta-feira (18) na cidade de Rondonópolis, a 218 quilômetros de Cuiabá. De acordo com informações da Polícia Militar, um dos PMs tinha voltado de viagem, foi até a casa do amigo e tentou passar um trote nele, simulando um assalto. O colega achou que era verdade e disparou pelo menos duas vezes contra o amigo que estava de capacete em uma motocicleta.
Segundo o 5º Batalhão da PM, o caso ocorreu no final da noite de quinta-feira (17) na casa do policial, localizada no Bairro das Violetas. O policial militar estava em um veículo e saía da garagem para trabalhar. Nesse momento, o colega chegou em uma motocicleta e, sem tirar o capacete, desceu da moto, encostou no vidro do carro dele e disse ‘perdeu, perdeu’.
O próprio PM levou o amigo para o Hospital Regional de Rondonópolis. Na unidade de saúde, a vítima passou por cirurgia e transfusão de sangue, no entanto, não resistiu e faleceu na madrugada. O policial teria perdido muito sangue, além de ter vários órgãos afetados.Ainda de acordo com a PM, o policial se assustou e achou que se tratava de um assalto e disparou contra o amigo. Um dos tiros atingiu o abdome do militar. Em seguida, o PM disparou outra vez e atingiu a perna do colega. Só então tirou o capacete e foi reconhecido pelo outro autor dos disparos.
Já o outro PM se entregou no 5º BPM. O militar tinha cerca de 13 anos de serviço, segundo informou ao G1 a corporação. O velório está sendo feito durante a manhã desta sexta-feira no clube da Polícia Militar de Rondonópolis. O corpo dele será transladado para a cidade de Barra do Garças, a 516 quilômetros da capital, onde vivem os familiares do PM.


G1