sábado, 11 de fevereiro de 2012

Após um dia de greve, Rio descarta convocar Exército para policiamento


A greve de policiais e bombeiros do Rio, que começou na noite da última quinta-feira (9), não parece ter afetado gravemente a rotina na capital. Até a noite de sexta-feira (10), o coronel Robson Rodrigues, chefe do Estado Maior Administrativo da corporação, praticamente havia afastado a possibilidade de pedir ajuda ao Exército ou à Força Nacional de Segurança.De acordo com Rodrigues, foi elaborado um plano de contingência para que o Carnaval transcorra sem problemas. Nem mesmo no pior cenário, o coronel enxerga a necessidade de pedir reforço.
- Elaboramos uma série de possibilidades, mas não vemos a necessidade de pedir auxílio. Pelo que se desenha, está longe de termos essa necessidade. Tínhamos reservas e elas estão se mostrando suficientes.
Em reunião com representantes do Ministério da Justiça e do Comando Militar do Leste, ficou acordado que cerca de 14 mil homens do Exército e 300 da Força de Segurança estão à disposição da PM e do Corpo de Bombeiros, caso seja necessário.
- Isso já foi acordado. Em um cenário péssimo, talvez pudéssemos recorrer à Força de Segurança e, em um pior ainda, ao Exército. Mas, repito: estamos muito longe disso.
Para administrar o período de greve, foi instalado um gabinete de gerenciamento de crise na sede do Estado Maior, onde está sendo elaborado todo o planejamento para reduzir o impacto da greve na população do Rio.
No primeiro dia de paralisação (sexta), a cidade viveu clima de aparente tranquilidade, com incidente isolados, como uma troca de tiros entre policiais e bandidos na Vila Vintém, em Padre Miguel, na zona oeste. A rua Bernardo de Vasconcelos foi interditada e o transito desviado.
De acordo com a PM, a adesão maior à greve foi verificada em cidades do interior, como Volta Redonda e Campos dos Goytacazes. Policiais dos Batalhões de Choque e do Bope foram enviados para essas cidades.
Início da greve
Bombeiros, policiais militares e policiais civis do Rio decretaram greve por volta das 23h20 de quinta-feira. No horário, mais de 2.000 manifestantes se concentravam na Cinelândia, centro da capital fluminense. O anúncio de paralisação aconteceu no dia em que a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) aprovou reajuste de 38,81% até 2013 para as categorias - percentual considerado insatisfatório. Sem votação, um líder do movimento fez o comunicado no microfone, durante a manifestação na Cinelândia.
- A partir deste momento, policiais civis, policiais militares e bombeiros estão oficialmente em greve.
Bombeiros, PMs e policiais civis disseram que continuarão atuando em casos emergenciais. Cerca de 30% do efetivo da Polícia Civil permanecerá em atividade. As investigações devem ser congeladas, mas ocorrências consideradas graves serão atendidas.


bizudepraca.

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