domingo, 19 de fevereiro de 2012

Hierarquia e Disciplina? A Questão é outra!

Bela reflexão do Coronel Batista, vale a pena ler.




Fonte: r2cpress

Um comentário:

  1. O Brasil é um país paradoxal. Temos um governo que incansavelmente busca um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU; e para isso se jogou numa campanha mundial de auxilio a nações menos afortunadas, estamos emprestando dinheiro para diminuir a crise na Europa, abrigamos marginais em asilo político em nome da garantia da DEMOCRÁCIA e SOBERANIA, enviamos nossos pais, irmãos e filhos para lutar nas guerras dos outros, acolhemos e damos empregos para refugiados de guerra de países destroçados por guerras civis, em contra partida, esse mesmo fabuloso governo vira as costas para nosso povo. Deixando de lado as meias verdades e boatos espalhados pela mídia vendida e oportunista o Brasil não anda tão bem assim, as diferenças sociais e divisão desigual de renda só se acentuaram ainda mais. E no campo dos direitos individuais dos cidadãos, certas garantias soam como piadas. Observemos essa questão tão delicada que são os direitos dos servidores estaduais da segurança pública, mais especificamente nós policiais militares, é comum ouvirmos "o direito a greve não se aplica as forças policiais militares estaduais devido á característica essencial dos seus serviços". Mas se analisarmos, os serviços de saúde são tão essenciais quanto à segurança pública, no entanto seus servidores nas três esferas têm seu direito de greve assegurado. Assim como existem outras tantas classes que são de suma essencialidade e também têm direito a greve garantido (quem nunca se atrasou e teve o dia perdido por chegar tarde ao emprego devido a uma greve de motoristas de ônibus, etc.). O problema no que se refere à Polícia Militar é que o governo quer os benefícios de ter um grande contingente policial a sua disposição, mas abstém-se na hora de pagar o preço. O pseudo militarismo nas PM’s tem benefícios que não se pode negar, mas nada é de graça, custa caro e muito caro, diga-se de passagem, e alguém tem que pagar o preço. Somente quem é policial militar sabe o preço que se paga por envergar tal fardamento e brasão. O problema neste sistema reside que o efetivo policial militar do Brasil está sendo sugado ao extremo por interesses politiqueiros e pessoais que nada tem haver com o beneficio para a sociedade ou melhorias na instituição, sob o pretexto da “vedação legal” do direito à greve (o que é questionado por alguns juristas), somos colocados a margem da condição de cidadão e também de servidor público. Vivemos num pleno estado de exceção, a nós muito pouco ou quase nada é permitido, não podemos nos sindicalizar, não podemos nos filiar a partidos políticos, não podemos votar nas eleições (para não ficar tão explícito nas eleições somos enviados para outras cidades, sob a desculpa de reforços policial) e pasmem até alguns anos atrás para casar era necessário pedir autorização do comando da PM. A condição essencial de cidadão para os Policiais militares foi abolida, há tempos se fazem remendos na segurança pública a fim de amarrar e privar os policiais de seus direitos mais básicos, nos deixando numa situação insustentável. Para finalizar e responder ao seu comentário: Polícia Militar fazer greve é um absurdo, mas o governo se aproveitar de nossa condição de “pseudo-militar” para nos explorar também é absurdo; Policial militar fecha ruas com passeatas, invadir e ocupar órgãos públicos e assim transgredir a lei é um absurdo, mas governantes não pagar benefícios aprovados em lei também é um absurdo.
    Certamente os maus tratos aos efetivos das PM’s continuarão durante alguns anos, pois os governantes se servirão da subserviência e amordaçamento garantidos pelo Código Militar, Código Penal Militar e RDPM para manter oprimidos os verdadeiros heróis da nação. Mas uma a pressão é demais e panela tende a estourar.

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