O desembarque das Força Nacional de Segurança anunciado pelo governo baiano não intimida os grevistas, segundo o vice-presidente da Associação Nacional dos Praças (Anaspra), cabo Jeoas Santos, integrante da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, que acompanha, desde a terça-feira (31), a mobilização da PM baiana.
Para o cabo Santos, até o momento as ações do governo baiano têm servido mais para "atear o fogo" do que para apagá-lo. "O pedido de ajuda da Força Nacional é legítimo e mais uma tentativa de o governo escamutear a gravidade da situação, repassando à população a falsa ideia de segurança, mas os seus integrantes não conhecem a realidae da Bahia e isso dificulta a sua ação", avalia o cabo Santos.
No seu entendimento, o governo deveria sentar com os representantes do movimento para entar chegar a um entendimento, já que as reivindicações da categoria são legítimas e o povo tem demonstrado apoio. "A polícia baiana tem uma das piores condições de trabalho. Para você ter uma ideia de como estão expostos, somente no primeiro mês deste ano, seis policiais já foram mortos", assinala o vice-presidente da Associação Nacional de Praças.
A notícia de que o comando da PM baiana teria dado ordens para que a Polícia de Choque entre em ação para reprimir o movimento é condenada pelo representante da Aspra. "Até o momento, as atitudes do governo só serviram para acirrar mais os ânimos e fazer crescer a adesão ao movimento", diz o cabo Jeoas Santos, para quem isso demonstra a falta de tato do governo para tratar a questão. "Em todos os estados em que houve greve, os governos buscaram o diálogo para contornar a situação. Aqui, ele parte para a repressão, assumindo uma atitude irresponsável e desrespeitosa", finaliza o vice-presidente da Aspra.
fonte:Teia de Noticias
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