terça-feira, 6 de março de 2012

GREVE DA PM: MÃES DE POLICIAIS PRESOS COBRAM DE WAGNER A ANISTIA PROMETIDA

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AS MANIFESTAÇÕES NÃO CESSAM EM TODO O ESTADO DA BAHIA, ILHÉUS, ITABUNA, JEQUIÉ, SALVADOR E TANTAS OUTRAS CIDADES JÁ MOSTRARAM SUA INSATISFAÇÃO COM O GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA. ESPERAMOS QUE NÃO SEJA PRECISO OUTRA GREVE PARA QUE SEJAMOS RESPEITADOS. RESPOSTA MELHOR DAREMOS NAS URNAS. (Grifo nosso)

Mães dos seis policiais militares presos desde 14 de fevereiro em Itabuna participaram de um ato de solidariedade aos PMs, hoje, na praça Adami. Elas clamaram ao governador Jaques Wagner que cumpra a promessa de anistia aos que participaram pacificamente da paralisação entre 2 e 11 de fevereiro em Itabuna. O ato contou com a presença de policiais da ativa, aposentados, pensionistas e familiares, além de sindicatos e da Comissão de Direitos Humanos da subseção local da OAB.

Mãe de um dos policiais, Maria Rita Pereira afirma que as prisões em Itabuna foram inconsequentes. “Todos nós sabemos que não houve vandalismo em Itabuna”, enfatiza. “O governador prometeu que não haveria caça às bruxas”, lembra. Marialva Batista dos Santos relata o sofrimento com a prisão da filha. “Tenho vivido muito mal nesses dias”, afirma ela, que tem pressão alta e é cardíaca. “A greve daqui foi pacífica, todos nós votamos no governador e pedimos a ele que tenha piedade, pois nossos filhos, as mães estão sofrendo muito”.



Ato teve apoio de sindicatos e da OAB-Itabuna (Foto Pimenta).
Ângela Dantas Santos participou do ato e lamentou a arbitrariedade das prisões na Bahia. “Não houve vandalismo nem desrespeito contra os oficiais. São prisões políticas”. Ela reside em Itabuna e um dos filhos é policial e está preso em Jequié, onde a visita somente é permitida uma vez por semana, aos sábados, das 14h às 18h. “Dói ver meu filho preso”, diz, emocionada.

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-Itabuna, Davi Pedreira acompanhou o desenrolar da paralisação em Itabuna e diz que não houve excessos em Itabuna. Os policiais estão presos apenas por terem, supostamente, liderado a greve. “É coisa absurda, reacionária”, afirma. A OAB cobra a anistia administrativa prometida pelo governador aos policiais que participaram, pacificamente, do movimento.

O advogado e vereador Wenceslau Júnior participou do ato e disse que os problemas pós-greve precisam de solução por parte da corporação e do governo. “Os seis PMs de Itabuna não cometeram excessos e não deveriam estar presos”.

O ato teve apoio de vários sindicatos, a exemplo dos Comerciários, Sintratec e Bancários, e foi encerrado por volta do meio-dia. A diretoria da regional Itabuna da Associação de Praças da Polícia Militar (APPM) participou do ato e também cobrou do governo a anistia aos policiais.

Pimenta

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